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(Publiquei este artigo no "The Great Coat Sew-Along")
Há muitos tipos de veludos, dependendo da sua composição (tipo de fibras), densidade do pelo e o acabamento da superfície (enrugada, com efeitos brilho-mate, etc). O veludo que vou utilizar par o meu casaco é 100% algodão, que é tido como dos mais fáceis de lidar na costura, uma vez que aguenta com mais temperatura, pode-se passar (do lado do avesso) com vapor e o ferro até pode tocar no pelo quando se assenta uma costura aberta no avesso. Apesar disto deve ter-se sempre cuidados especiais ao lidar com este tecido e vou sumarizá-los para vocês.
Armazenamento antes de cortar: O veludo fica com o pelo “esmagado” com alguma facilidade, por isso não deve ser guardado dobrado por muito tempo. Se não o vão cortar logo quando vem da loja devem guarda-lo enrolando-o num rolo de tecido e cobrindo-o comum pano para protege-lo do pó:
Pré-encolhimento: Sendo feito de uma fibra natural conhecida por encolher ao lavar, o tecido deve ser pré-encolhido antes de ser cortado. Já li algures que o veludo de algodão poderia ser lavado e seco na máquina mas não vou correr o risco de danificar o pelo, ou torná-lo menos uniforme. O que prefiro fazer: passa-lo a vapor (ferro na temperatura normal para algodão, vapor no máximo) apenas no lado do avesso, aplicando pouca ou nenhuma pressão, de preferência sobre uma superfície de mármore. Não se deve mover o veludo até secar e arrefecer completamente (se estiverem a passar sobre mármore demorará um pouco a secar pois o vapor retorna e humedece o pelo(. Esta técnica também é indicada para recuperar veludo com marcas ou amassado.
Modelos indicados para confecção com veludo: modelos simples com o mínimo de detalhes próprios para tecidos encorpados; é preferível ter costuras verticais do que horizontais e costuras arredondadas devem ser evitadas. Não se deve pespontar o veludo e as vistas podem ser substituídas por outro tecido mais fino, como o cetim (isto não é absolutamente necessário no caso do veludo de algodão).
Plano de corte: tecido singelo (não dobrado ao meio) e planos em que as peças são colocadas todas na mesma direcção para evitar que partes do casaco sejam cortadas com a direcção do pelo para cima e outras partes para baixo. Prefiro cortar as peças com a direcção do pelo para cima para que fiquem com uma cor mais rica e baça.
Marcações: utilizar marcações de alfaiate (método de empastar) e marcações com alinhavos. No lado do avesso pode-se utilizar giz de alfaiate.
Ajustes e prova: Com este tecido é obrigatório confeccionar um modelo de prova num tecido barato (pano cru, por exemplo) para que todos os ajustes e correcções sejam feitos antes de cortar e montar o veludo. A razão para isto é que as marcas das costuras não saem depois de descoser ou passar a ferro as costuras.
Forro de empastar: não é necessário aplicar uma camada extra de tecido de suporte pois o veludo já é um tecido com bastante corpo, a não ser que pretendamos um efeito realmente muito estruturado. No entanto todas as outras técnicas de suporte do tecido podem e devem ser usadas (escudos de peito e costas, chumaços, fita de alfaiate, entretelas, etc.)
Entretelas: Este é provavelmente o único tipo de veludo no qual é seguro utilizar entretelas fusíveis, desde que estas tenham uma ligeira elasticidade no sentido do comprimento (Obrigada Paco por esta dica extra). Para o veludo são mais indicadas entretelas de aplicação cosida, como entretela de alfaiate fina. Tenciono usar os dois tipos no meu casaco.
Forro: prefiro forros integrais nas peças de veludo. Um forro brilhante em tons contrastantes é a minha preferência para dar mais interesse ao interior do casaco.
Coser veludo: Coser sempre que possível ao longo da direcção do pelo e não contra esta; usar alinhavos duplos (duas filas de alinhavos juntas e intervaladas uma da outra) e/ou alfinetes (dos mais finos possível) para manter as costuras juntas ao mesmo tempo que se cosem. Usar um pé de arrasto regular na máquina, se tiverem. Quando o pelo é controlado contra pelo uma das camadas tende a deslizar, causando costuras encorrilhadas e irregulares. Estas técnicas servem para prevenir este efeito. Vou usar agulhas universais tamanho 80, comprimento do ponto 2.5 e linhas de algodão para as costuras.
Passar a ferro: Usar uma “tábua de agulhas” ou uma cobertura para a tábua feita de veludo (com o pelo para cima). As tábuas de agulhas flexíveis podem ser postas sobre o rolo de passar ou sobre a almofada de alfaiate para passar o veludo; se não tiverem a tábua de agulhas o rolo e a almofada devem ter também uma cobertura em veludo. AO abrir as costuras aplicar pouca pressão com a ponta do ferro e usar os dedos para assentar as costuras antes que elas arrefeçam e sequem.
Acabamento das costuras: Vou fazer umas pequenas incisões diagonais ao longo dos valores de costura (depois de cada costura estar cosida) para evitar que as costuras repuxem. Se o tecido desfiar muito posso rematar com um ponto de ziguezague, senão deixo as margens sem acabamento. Todas as costuras serão assentes abertas e as pinças, se existirem, também devem ser cortadas pelo meio e abertas a ferro. Os valores de costura podem também ser fixos abertos com pequenos pontos ao longo da sua orla (nota: se optar por um forro aberto na bainha, considerar costuras debruadas com tiras de forro cortadas em viés).
Casas de botão: Vou fazer algumas provas mas estou apenas a considerar fazer casas avivadas ou trabalhadas à mão com torçal. Usar o pé calcador da máquina para as casas automáticas é completamente contra-indicado porque amassa o pelo do veludo.
E isto é tudo por agora. Vou actualizando este artigo à medida que surjam mais informações e fotos.
Há muitos tipos de veludos, dependendo da sua composição (tipo de fibras), densidade do pelo e o acabamento da superfície (enrugada, com efeitos brilho-mate, etc). O veludo que vou utilizar par o meu casaco é 100% algodão, que é tido como dos mais fáceis de lidar na costura, uma vez que aguenta com mais temperatura, pode-se passar (do lado do avesso) com vapor e o ferro até pode tocar no pelo quando se assenta uma costura aberta no avesso. Apesar disto deve ter-se sempre cuidados especiais ao lidar com este tecido e vou sumarizá-los para vocês.
Armazenamento antes de cortar: O veludo fica com o pelo “esmagado” com alguma facilidade, por isso não deve ser guardado dobrado por muito tempo. Se não o vão cortar logo quando vem da loja devem guarda-lo enrolando-o num rolo de tecido e cobrindo-o comum pano para protege-lo do pó:
Pré-encolhimento: Sendo feito de uma fibra natural conhecida por encolher ao lavar, o tecido deve ser pré-encolhido antes de ser cortado. Já li algures que o veludo de algodão poderia ser lavado e seco na máquina mas não vou correr o risco de danificar o pelo, ou torná-lo menos uniforme. O que prefiro fazer: passa-lo a vapor (ferro na temperatura normal para algodão, vapor no máximo) apenas no lado do avesso, aplicando pouca ou nenhuma pressão, de preferência sobre uma superfície de mármore. Não se deve mover o veludo até secar e arrefecer completamente (se estiverem a passar sobre mármore demorará um pouco a secar pois o vapor retorna e humedece o pelo(. Esta técnica também é indicada para recuperar veludo com marcas ou amassado.
Modelos indicados para confecção com veludo: modelos simples com o mínimo de detalhes próprios para tecidos encorpados; é preferível ter costuras verticais do que horizontais e costuras arredondadas devem ser evitadas. Não se deve pespontar o veludo e as vistas podem ser substituídas por outro tecido mais fino, como o cetim (isto não é absolutamente necessário no caso do veludo de algodão).
Plano de corte: tecido singelo (não dobrado ao meio) e planos em que as peças são colocadas todas na mesma direcção para evitar que partes do casaco sejam cortadas com a direcção do pelo para cima e outras partes para baixo. Prefiro cortar as peças com a direcção do pelo para cima para que fiquem com uma cor mais rica e baça.
Marcações: utilizar marcações de alfaiate (método de empastar) e marcações com alinhavos. No lado do avesso pode-se utilizar giz de alfaiate.
Ajustes e prova: Com este tecido é obrigatório confeccionar um modelo de prova num tecido barato (pano cru, por exemplo) para que todos os ajustes e correcções sejam feitos antes de cortar e montar o veludo. A razão para isto é que as marcas das costuras não saem depois de descoser ou passar a ferro as costuras.
Forro de empastar: não é necessário aplicar uma camada extra de tecido de suporte pois o veludo já é um tecido com bastante corpo, a não ser que pretendamos um efeito realmente muito estruturado. No entanto todas as outras técnicas de suporte do tecido podem e devem ser usadas (escudos de peito e costas, chumaços, fita de alfaiate, entretelas, etc.)
Entretelas: Este é provavelmente o único tipo de veludo no qual é seguro utilizar entretelas fusíveis, desde que estas tenham uma ligeira elasticidade no sentido do comprimento (Obrigada Paco por esta dica extra). Para o veludo são mais indicadas entretelas de aplicação cosida, como entretela de alfaiate fina. Tenciono usar os dois tipos no meu casaco.
Forro: prefiro forros integrais nas peças de veludo. Um forro brilhante em tons contrastantes é a minha preferência para dar mais interesse ao interior do casaco.
Coser veludo: Coser sempre que possível ao longo da direcção do pelo e não contra esta; usar alinhavos duplos (duas filas de alinhavos juntas e intervaladas uma da outra) e/ou alfinetes (dos mais finos possível) para manter as costuras juntas ao mesmo tempo que se cosem. Usar um pé de arrasto regular na máquina, se tiverem. Quando o pelo é controlado contra pelo uma das camadas tende a deslizar, causando costuras encorrilhadas e irregulares. Estas técnicas servem para prevenir este efeito. Vou usar agulhas universais tamanho 80, comprimento do ponto 2.5 e linhas de algodão para as costuras.
Passar a ferro: Usar uma “tábua de agulhas” ou uma cobertura para a tábua feita de veludo (com o pelo para cima). As tábuas de agulhas flexíveis podem ser postas sobre o rolo de passar ou sobre a almofada de alfaiate para passar o veludo; se não tiverem a tábua de agulhas o rolo e a almofada devem ter também uma cobertura em veludo. AO abrir as costuras aplicar pouca pressão com a ponta do ferro e usar os dedos para assentar as costuras antes que elas arrefeçam e sequem.
Acabamento das costuras: Vou fazer umas pequenas incisões diagonais ao longo dos valores de costura (depois de cada costura estar cosida) para evitar que as costuras repuxem. Se o tecido desfiar muito posso rematar com um ponto de ziguezague, senão deixo as margens sem acabamento. Todas as costuras serão assentes abertas e as pinças, se existirem, também devem ser cortadas pelo meio e abertas a ferro. Os valores de costura podem também ser fixos abertos com pequenos pontos ao longo da sua orla (nota: se optar por um forro aberto na bainha, considerar costuras debruadas com tiras de forro cortadas em viés).
Casas de botão: Vou fazer algumas provas mas estou apenas a considerar fazer casas avivadas ou trabalhadas à mão com torçal. Usar o pé calcador da máquina para as casas automáticas é completamente contra-indicado porque amassa o pelo do veludo.
E isto é tudo por agora. Vou actualizando este artigo à medida que surjam mais informações e fotos.
(I published this article on "The Great Coat Sew-Along" blog)
There are many kinds of velvets, depending on the fabric compositions, density of the pile and its surface finishing (crushed, burnout, etc). The velvet that I’m going to use is 100%cotton velvet which has been said to be the easiest to handle among velvets because it can be pressed (on the wrong side) and you can even make direct contact with the iron on the pile when you press a seam open. In spite of being the easiest to handle, this fabric requires special care and techniques. I will summarize them for you:
Storing the velvet before cutting: This fabric crushes very easily and it can gain permanent markings and creasing lines on the pile side. For this reason, the best way to store it is using an empty roll of fabric and covering it with a muslin remnant to protect it from dust:
Pre-treatment: I’ve read somewhere that 100%velvet can be washed and dried by machine but I don’t do that, because I don’t take the risk of disturbing the evenness of the pile. What I prefer doing is steaming it with a hot iron (normal cotton heat setting and vapor set to its maximum), on the wrong side, applying very light pressure and preferably over a marble surface. The velvet shouldn’t be disturbed until it dries completely (and if you use a marble surface it can take some time to dry). This technique is also indicated if you need to revive old and crushed velvet (if this doesn’t work,anything nothing else will).
Garments suitable for being made of velvet: simple style lines for fabrics with body, vertical seam details are preferable to horizontal seam details, no topstitching. Facings may be omitted or sewn using another fabric like satin (when using cotton velvet this is not necessary).
Cutting layout: a single layer “with nap” layout should be used. I prefer cutting against the pile so the color becomes richer and darker.
Marking: tailor tacks, thread tracing (using silk thread or thin embroidery thread), tailor chalk on the wrong side.
Fitting: Making a test garment (muslin/toile) is mandatory since it’s impossible to recover an already stitched/pressed seam since after unstitching it the pile will be creased permanently. Making sure that the fit is perfect and no more alterations will be needed BEFORE stitching the final garment is the only option when using velvet.
Underlining: There’s no need to underline a velvet garment unless you intend to add more structure than the velvet itself already has. Nevertheless, all the other tailoring techniques for supporting the fabric (interfacing, back and chest shields, tailor tape, shoulder pads etc) can and should be used.
Interfacing: This is probably the only type of velvet where it’s safe to use fusible interfacings, as long as the interfacing used has a little stretch lengthwise (thanks Paco for this tip). Lightweight sew-on tailoring interfacing can also be used with optimal results. I intend to use both for my coat.
Lining: I prefer full linings on velvet made garments. A bright contrasting lining is my preference for adding more interest to the inside of the garment.
Stitching: Always stitch with the pile; use double basting and/or pins, and a walking foot (even feed foot) if you have one. When pile is hold together against pile, the fabric shifts so one layer will pucker if you don’t use these techniques to prevent this from happening. I’ll use size 80 ballpoint needles, a 2.5 stitch length setting and cotton thread.
Pressing: Use a needle board, a velvaboard or a self fabric cover (with the pile up) on the pressing surface. Self fabric (or a needle board that bends) should be used on the seam roll and the tailor ham. Use paper strips on the underside of the open SAs for preventing imprints, apply light pressure and steam with the iron, using the fingertips to set the seams open while they are moisturized and hot.
Seam finishing: I will make little diagonal cuts along the SAs just to prevent the seams from puckering. If this fabric ravels too much I may zigzag the raw edges, otherwise I’ll leave them as they are. All seams will be pressed open (I think there are no darts on my coat but if there were, they should be cut and pressed open too). I may also tack down the seam allowances (NOTE: if using a free hanging lining, consider binding the SAs).
Buttonholes: I will run some tests but I will favor bound buttonholes or hand stitched tailored buttonholes. Using the special purpose foot for automatic machine buttonholes is not advisable because it can disturb the pile around the buttonhole.
And this is all for now (I may update with further information later, including pictures and book/website references)
There are many kinds of velvets, depending on the fabric compositions, density of the pile and its surface finishing (crushed, burnout, etc). The velvet that I’m going to use is 100%cotton velvet which has been said to be the easiest to handle among velvets because it can be pressed (on the wrong side) and you can even make direct contact with the iron on the pile when you press a seam open. In spite of being the easiest to handle, this fabric requires special care and techniques. I will summarize them for you:
Storing the velvet before cutting: This fabric crushes very easily and it can gain permanent markings and creasing lines on the pile side. For this reason, the best way to store it is using an empty roll of fabric and covering it with a muslin remnant to protect it from dust:
Pre-treatment: I’ve read somewhere that 100%velvet can be washed and dried by machine but I don’t do that, because I don’t take the risk of disturbing the evenness of the pile. What I prefer doing is steaming it with a hot iron (normal cotton heat setting and vapor set to its maximum), on the wrong side, applying very light pressure and preferably over a marble surface. The velvet shouldn’t be disturbed until it dries completely (and if you use a marble surface it can take some time to dry). This technique is also indicated if you need to revive old and crushed velvet (if this doesn’t work,
Garments suitable for being made of velvet: simple style lines for fabrics with body, vertical seam details are preferable to horizontal seam details, no topstitching. Facings may be omitted or sewn using another fabric like satin (when using cotton velvet this is not necessary).
Cutting layout: a single layer “with nap” layout should be used. I prefer cutting against the pile so the color becomes richer and darker.
Marking: tailor tacks, thread tracing (using silk thread or thin embroidery thread), tailor chalk on the wrong side.
Fitting: Making a test garment (muslin/toile) is mandatory since it’s impossible to recover an already stitched/pressed seam since after unstitching it the pile will be creased permanently. Making sure that the fit is perfect and no more alterations will be needed BEFORE stitching the final garment is the only option when using velvet.
Underlining: There’s no need to underline a velvet garment unless you intend to add more structure than the velvet itself already has. Nevertheless, all the other tailoring techniques for supporting the fabric (interfacing, back and chest shields, tailor tape, shoulder pads etc) can and should be used.
Interfacing: This is probably the only type of velvet where it’s safe to use fusible interfacings, as long as the interfacing used has a little stretch lengthwise (thanks Paco for this tip). Lightweight sew-on tailoring interfacing can also be used with optimal results. I intend to use both for my coat.
Lining: I prefer full linings on velvet made garments. A bright contrasting lining is my preference for adding more interest to the inside of the garment.
Stitching: Always stitch with the pile; use double basting and/or pins, and a walking foot (even feed foot) if you have one. When pile is hold together against pile, the fabric shifts so one layer will pucker if you don’t use these techniques to prevent this from happening. I’ll use size 80 ballpoint needles, a 2.5 stitch length setting and cotton thread.
Pressing: Use a needle board, a velvaboard or a self fabric cover (with the pile up) on the pressing surface. Self fabric (or a needle board that bends) should be used on the seam roll and the tailor ham. Use paper strips on the underside of the open SAs for preventing imprints, apply light pressure and steam with the iron, using the fingertips to set the seams open while they are moisturized and hot.
Seam finishing: I will make little diagonal cuts along the SAs just to prevent the seams from puckering. If this fabric ravels too much I may zigzag the raw edges, otherwise I’ll leave them as they are. All seams will be pressed open (I think there are no darts on my coat but if there were, they should be cut and pressed open too). I may also tack down the seam allowances (NOTE: if using a free hanging lining, consider binding the SAs).
Buttonholes: I will run some tests but I will favor bound buttonholes or hand stitched tailored buttonholes. Using the special purpose foot for automatic machine buttonholes is not advisable because it can disturb the pile around the buttonhole.
And this is all for now (I may update with further information later, including pictures and book/website references)