English (uncheck the other box and check this one)
Hoje vou falar um pouco sobre a gola desta jaqueta. Na figura seguinte podem ver as peças do molde correspondentes:
A gola é o nº6 (cortar duas na dobra do tecido) e o pé da gola é o nº 7 (cortar dois na dobra do tecido). Nas instruções diz para entretelar ambos os pés da gola e a parte inferior da gola, no entanto resolvi aplicar entretela de malha fininha também na parte superior para lhe dar mais estabilidade.
Como podem ver pelo molde, o pé da gola une-se à gola numa costura curva… Normalmente, para as pessoas mais inexperientes, este tipo de costuras é sempre uma fonte de problemas pois é difícil coser juntas com precisão duas peças curvas (uma côncava e uma convexa ou recta). A Burda não dá instruções específicas quanto a isso, apenas sabemos que temos que golpear as margens de costura para ficarem abertas ao assentar a ferro. Neste aspecto os moldes dos Estados Unidos que já vêm com os valores de costura incluídos, fornecem instruções mais detalhadas e podemos aprender com elas. Se temos que coser uma costura côncava numa convexa, temos que conseguir que a côncava tome a forma da convexa. O primeiro passo é reforçar a linha da costura côncava para que ela não dê de si quando for golpeada (em Inglês chama-se “staystitching”). Para isso cose-se a 1mm da linha curva, do lado da margem, como podem ver nas duas folhas da gola:
Depois podemos golpear os valores de costura (só até ao pesponto de reforço; basta um golpe, não é preciso o “V”, porque a margem de costura abre nestes pontos), para que quando unimos a gola ao pé da gola, a linha de costura da gola se possa moldar ao pé da gola:
A seguir a coser o pé à gola, vemos que as margens do pé ficam com tecido a mais, não assentam abertas:
Então temos de fazer cortes em “V” para tirar o excesso de tecido (não se esqueçam que ao assentar a ferro o devem fazer sobre uma superfície curva):
Outro pormenor que não é mencionado nas instruções da Burda é o excesso de tecido que deve existir na parte de cima da gola para a gola poder curvar sem repuxar nas orlas. A Burda só fornece um molde para a gola e por isso esse excesso deve ser determinado (o excesso depende do tecido: quanto mais grosso, mais folga é preciso). Quando unimos a parte de cima com a parte de baixo podemos facilmente determinar esse excedente. Começa-se por sobrepor as duas partes da gola/pé, para que as costuras do pé da gola e do decote (até ao canto nº 5 identificado no molde) coincidam exactamente; depois curvamos a gola, com a parte inferior no interior e unimos as orlas da gola, sem ligar às marcações, que não vão ficar sobrepostas:
Podem ver aqui os alfinetes que usei para manter o pé da gola e a costura do decote sobrepostas, enquanto curvava a gola para fixar a orla de fora:
Quando se cose à máquina as orlas de fora da gola juntas, cosem-se com o lado inferior da gola para cima (a parte que tem a entretela mais rija), seguindo a marcação dos alinhavos no meu caso ou a distância standard até à orla, se usarem o método industrial. Podemos ver o pesponto do lado da parte superior e o tecido que sobra além das marcações; aqui vemos que a parte de cima ficou maior que a parte de baixo, exactamente na medida determinada pela dobra do tecido:
Golpeiam-se e gradam-se as margens de costura e vira-se a gola para o direito. Depois é só alinhavar as orlas (que depois serão pespontadas a 7mm da beira) e passar bem a ferro. Como estou a usar um tecido de lã volumoso, interessa que as orlas fiquem finas e com pouco volume; para isso assento-as a ferro com bastante vapor e enquanto estão quentes e húmidas uso um batente para as assentar bem lisas, até arrefecerem.
É claro que esta é a minha maneira de fazer; há formas diferentes, sobretudo se não se alinhavarem as marcações, mas os princípios base são sempre os mesmos:
- Coser as costuras redondas de forma precisa, por ex. recorrendo a pespontos de reforço e golpes;
- Gradar e golpear os valores de costura para reduzir volume;
- Contar com o efeito da dobra do tecido;
- Assentar a ferro à medida que se cose; usar um batente de madeira juntamente com calor e vapor para as orlas ficarem perfeitas, quando aplicável (normalmente lã) e necessário (tecido volumoso).
A forma de tratar as costuras curvas (côncava contra convexa ou côncava contra recta) é utilizada também noutras situações, como costuras princesa, aplicação da gola no decote (aqui usualmente é o decote que é reforçado e golpeado), etc.
Espero que estas informações tenham ajudado, principalmente as principiantes. O resto vem com a prática!
A gola é o nº6 (cortar duas na dobra do tecido) e o pé da gola é o nº 7 (cortar dois na dobra do tecido). Nas instruções diz para entretelar ambos os pés da gola e a parte inferior da gola, no entanto resolvi aplicar entretela de malha fininha também na parte superior para lhe dar mais estabilidade.
Como podem ver pelo molde, o pé da gola une-se à gola numa costura curva… Normalmente, para as pessoas mais inexperientes, este tipo de costuras é sempre uma fonte de problemas pois é difícil coser juntas com precisão duas peças curvas (uma côncava e uma convexa ou recta). A Burda não dá instruções específicas quanto a isso, apenas sabemos que temos que golpear as margens de costura para ficarem abertas ao assentar a ferro. Neste aspecto os moldes dos Estados Unidos que já vêm com os valores de costura incluídos, fornecem instruções mais detalhadas e podemos aprender com elas. Se temos que coser uma costura côncava numa convexa, temos que conseguir que a côncava tome a forma da convexa. O primeiro passo é reforçar a linha da costura côncava para que ela não dê de si quando for golpeada (em Inglês chama-se “staystitching”). Para isso cose-se a 1mm da linha curva, do lado da margem, como podem ver nas duas folhas da gola:
Depois podemos golpear os valores de costura (só até ao pesponto de reforço; basta um golpe, não é preciso o “V”, porque a margem de costura abre nestes pontos), para que quando unimos a gola ao pé da gola, a linha de costura da gola se possa moldar ao pé da gola:
A seguir a coser o pé à gola, vemos que as margens do pé ficam com tecido a mais, não assentam abertas:
Então temos de fazer cortes em “V” para tirar o excesso de tecido (não se esqueçam que ao assentar a ferro o devem fazer sobre uma superfície curva):
Outro pormenor que não é mencionado nas instruções da Burda é o excesso de tecido que deve existir na parte de cima da gola para a gola poder curvar sem repuxar nas orlas. A Burda só fornece um molde para a gola e por isso esse excesso deve ser determinado (o excesso depende do tecido: quanto mais grosso, mais folga é preciso). Quando unimos a parte de cima com a parte de baixo podemos facilmente determinar esse excedente. Começa-se por sobrepor as duas partes da gola/pé, para que as costuras do pé da gola e do decote (até ao canto nº 5 identificado no molde) coincidam exactamente; depois curvamos a gola, com a parte inferior no interior e unimos as orlas da gola, sem ligar às marcações, que não vão ficar sobrepostas:
Podem ver aqui os alfinetes que usei para manter o pé da gola e a costura do decote sobrepostas, enquanto curvava a gola para fixar a orla de fora:
Quando se cose à máquina as orlas de fora da gola juntas, cosem-se com o lado inferior da gola para cima (a parte que tem a entretela mais rija), seguindo a marcação dos alinhavos no meu caso ou a distância standard até à orla, se usarem o método industrial. Podemos ver o pesponto do lado da parte superior e o tecido que sobra além das marcações; aqui vemos que a parte de cima ficou maior que a parte de baixo, exactamente na medida determinada pela dobra do tecido:
Golpeiam-se e gradam-se as margens de costura e vira-se a gola para o direito. Depois é só alinhavar as orlas (que depois serão pespontadas a 7mm da beira) e passar bem a ferro. Como estou a usar um tecido de lã volumoso, interessa que as orlas fiquem finas e com pouco volume; para isso assento-as a ferro com bastante vapor e enquanto estão quentes e húmidas uso um batente para as assentar bem lisas, até arrefecerem.
É claro que esta é a minha maneira de fazer; há formas diferentes, sobretudo se não se alinhavarem as marcações, mas os princípios base são sempre os mesmos:
- Coser as costuras redondas de forma precisa, por ex. recorrendo a pespontos de reforço e golpes;
- Gradar e golpear os valores de costura para reduzir volume;
- Contar com o efeito da dobra do tecido;
- Assentar a ferro à medida que se cose; usar um batente de madeira juntamente com calor e vapor para as orlas ficarem perfeitas, quando aplicável (normalmente lã) e necessário (tecido volumoso).
A forma de tratar as costuras curvas (côncava contra convexa ou côncava contra recta) é utilizada também noutras situações, como costuras princesa, aplicação da gola no decote (aqui usualmente é o decote que é reforçado e golpeado), etc.
Espero que estas informações tenham ajudado, principalmente as principiantes. O resto vem com a prática!
Today I’ll address the collar of the Orange tweed jacket. In the next picture you can see the pattern pieces:
The collar is nº6 (cut two on the fold) and the collar stand is nº7 (cut two on the fold). The instructions tell you to interface the undercollar and both collar stands. In this case I also interfaced the upper collar with thin knit fusible to provide it with more stability, because the tweed is very soft and loose-woven.
As you can see, the collar stand joins the collar along a curved seam. For the inexperienced, these seams are problematic because it’s difficult to overlap an inward (concave) curved seam with an outward (convex) curved seam and stitch them together accurately along the stitching line without one of the layers shifting out of place. Burda doesn’t provide specific instructions for this and we have to rely on good sense. The US pattern companies on the other hand provide specific instructions for this step and we can all learn something useful from them. We must be able to shape the inward curve to the outward curve while stitching; the first step is staystitching the inward curve, a hairline away from the stitching line, on the SA side; these stitches reinforce the stitching line so it doesn’t stretch when the SAs are clipped (see the inner curve of the collar here):
Then we can clip the SA (stop before the staystitching!), and now the stitching line can be molded to fit the outward curve of the collar stand:
After the two are stitched together we see that there’s excess fabric on the collar stand SA:
We have to notch this SA to remove the excess and be able to press the SAs open (use a curved surface to press seams open when dealing with curved seams):
Another important detail not mentioned in the BWOF’s instructions most of the times is the turn of the cloth factor. If the upper collar is the same size as the under collar, the collar will curl up at the edges. Burda patterns don’t provide a different pattern piece for the upper collar and the excess fabric needed to accommodate the turn of the cloth should be guessed or determined (I prefer determining the excess fabric because it will depend on the fabric used: the heavier and bulkier the fabric, the more excess is needed). Join the upper collar with the under collar, right sides facing each other, overlapping the collar stand seams and the neckline seam exactly (between notches number 5; I use pins but you can also hand baste or use any other method that works best for you); then curl both layers with the under collar on the inside; pin-join the outer edges while you hold the collar in this round position:
Here you can see the pins used to keep the collar stand and the neckline seams aligned, while the collar was held into a curved shape and pinned along its edge:
To stitch the outer edge, I guide myself using the thread traced lines on the under collar so I place the collar pinned together with the under collar facing up and removing pins as I stitch, before they reach the feed dogs under the presser foot. If using standard measured SAs, use the under collar’s outer edge to guide you. The next pictures show the upper collar side of the stitching and the resulting excess fabric on the edge of the upper collar:
The outer edge SAs are graded, notched and the collar is turned to the right side. The edges are hand basted and pressed (later they will be topstitched 1/4" away from the edge). In this case, I’m dealing with a woolen and bulky fabric, so I’m using the clapper to obtain crisp, well defined edges. After submitting the fabric to heat and steam, while it's still damp and hot, I apply pressure with the clapper, removing it when the fabric has dried out (a minute usually is enough).
This is my way; you may use any other method, providing that it works best for you and that it follows these main guidelines:
- Be accurate when stitching rounded seams, especially when joining an inward curve into an outward curve
- Grade and clip/notch SAs to reduce bulk;
- Take the turn of the cloth into account;
- Press as you go, press the edges flat using a clapper together with heat and steam if applicable (depending on the type of fabric) and necessary (bulky fabrics).
The procedure for stitching rounded seams is also used on princess seams (the front panel is staystitched and clipped), collar/neckline junctions (the neckline is staystitched and clipped), etc. Whenever you have to stitch a concave seam into a convex or straight seam, this method has proven good results.
I wrote this tutorial with the beginners in mind, and I hope this helps them perfecting their sewing methods and achieve better results. Now that you know the concepts, all you need is practice!
The collar is nº6 (cut two on the fold) and the collar stand is nº7 (cut two on the fold). The instructions tell you to interface the undercollar and both collar stands. In this case I also interfaced the upper collar with thin knit fusible to provide it with more stability, because the tweed is very soft and loose-woven.
As you can see, the collar stand joins the collar along a curved seam. For the inexperienced, these seams are problematic because it’s difficult to overlap an inward (concave) curved seam with an outward (convex) curved seam and stitch them together accurately along the stitching line without one of the layers shifting out of place. Burda doesn’t provide specific instructions for this and we have to rely on good sense. The US pattern companies on the other hand provide specific instructions for this step and we can all learn something useful from them. We must be able to shape the inward curve to the outward curve while stitching; the first step is staystitching the inward curve, a hairline away from the stitching line, on the SA side; these stitches reinforce the stitching line so it doesn’t stretch when the SAs are clipped (see the inner curve of the collar here):
Then we can clip the SA (stop before the staystitching!), and now the stitching line can be molded to fit the outward curve of the collar stand:
After the two are stitched together we see that there’s excess fabric on the collar stand SA:
We have to notch this SA to remove the excess and be able to press the SAs open (use a curved surface to press seams open when dealing with curved seams):
Another important detail not mentioned in the BWOF’s instructions most of the times is the turn of the cloth factor. If the upper collar is the same size as the under collar, the collar will curl up at the edges. Burda patterns don’t provide a different pattern piece for the upper collar and the excess fabric needed to accommodate the turn of the cloth should be guessed or determined (I prefer determining the excess fabric because it will depend on the fabric used: the heavier and bulkier the fabric, the more excess is needed). Join the upper collar with the under collar, right sides facing each other, overlapping the collar stand seams and the neckline seam exactly (between notches number 5; I use pins but you can also hand baste or use any other method that works best for you); then curl both layers with the under collar on the inside; pin-join the outer edges while you hold the collar in this round position:
Here you can see the pins used to keep the collar stand and the neckline seams aligned, while the collar was held into a curved shape and pinned along its edge:
To stitch the outer edge, I guide myself using the thread traced lines on the under collar so I place the collar pinned together with the under collar facing up and removing pins as I stitch, before they reach the feed dogs under the presser foot. If using standard measured SAs, use the under collar’s outer edge to guide you. The next pictures show the upper collar side of the stitching and the resulting excess fabric on the edge of the upper collar:
The outer edge SAs are graded, notched and the collar is turned to the right side. The edges are hand basted and pressed (later they will be topstitched 1/4" away from the edge). In this case, I’m dealing with a woolen and bulky fabric, so I’m using the clapper to obtain crisp, well defined edges. After submitting the fabric to heat and steam, while it's still damp and hot, I apply pressure with the clapper, removing it when the fabric has dried out (a minute usually is enough).
This is my way; you may use any other method, providing that it works best for you and that it follows these main guidelines:
- Be accurate when stitching rounded seams, especially when joining an inward curve into an outward curve
- Grade and clip/notch SAs to reduce bulk;
- Take the turn of the cloth into account;
- Press as you go, press the edges flat using a clapper together with heat and steam if applicable (depending on the type of fabric) and necessary (bulky fabrics).
The procedure for stitching rounded seams is also used on princess seams (the front panel is staystitched and clipped), collar/neckline junctions (the neckline is staystitched and clipped), etc. Whenever you have to stitch a concave seam into a convex or straight seam, this method has proven good results.
I wrote this tutorial with the beginners in mind, and I hope this helps them perfecting their sewing methods and achieve better results. Now that you know the concepts, all you need is practice!
Great construction details. I haven't really noticed on the Big 4 pattern if their jackets have collar stands... I'll have to check that out.
ReplyDeleteFiquei com um sorriso ao ver estas fotos, porque também dei voltas a ver como é que iria fazer a gola da capa Stefanel e acabei por conseguir fazer uma coisa parecida! Na altura também vim aqui ver umas indicações tuas. Esta explicação está perfeita. Eu senti alguma dificuldade em manter as partes da gola curvas ao cosê-la, em parte porque o tecido era muito grosso, em parte por não ter uma almofada de alfaiate (é assim que se chama?) para passar a ferro... A propósito, onde é que posso arranjar uma?
ReplyDeleteBeijinhos
Tany, As always - wonderful instructions!
ReplyDeleteCollars are one of many important parts of a garment and it seems that most people "inspect" them when looking over a hand made garment. ..so the time spent on perfecting these sewing techniques is well worth it :)
Celina: Obrigada! Também não consegui arranjar a minha almofada de alfaiate (e o rolo de passar costuras, que é semelhante mas é cilíndrico) cá; acabei por comprar num site do Reino Unido que tem uma série de apetrechos de costura: http://www.jaycotts.co.uk/acatalog/Notions_and_Gadgets.html. A entrega foi muito rápida e creio que nem paguei portes de envio! Tem várias coisas fixes, como um líquido que evita que certas partes do tecdo desfiem, as peças para adaptar ao aspirador para podermos limpar a máquina, etc.
ReplyDeleteOlá Tany.
ReplyDeleteObrigada pela partilha.
Faz parte dos meus planos, fazer um blaser e umas calças a condizer. Contudo, ainda não me atrevi a pegar no tecido (curiosamente, escolhi logo um com riscas).
Estas dicas que tem partilhado connosco vão dar-me imenso jeito.
Fico à espera de ver o resultado da jaqueta!
ReplyDeleteEspero que consigas concretizar todas as decisões que tomas-te para 2009!
Bjs
Mónica
Hi Tany,
ReplyDeleteThank you for the great information. I have a question regarding the last photo, are you pressing on a piece of wood? Is that something you normally do when using a clapper? Thanks! Margi
Excelence explicação Tany! Estou a utilizar essa técnica numa saia, depois posto tudo!
ReplyDeleteBeijinhos
Tany.- gracias por la información. La verdad es que estos cuellos con pié sientan muy bien, pero son bastante dificultosos de coser y más con tejidos gruesos. Gracias también por la información acerca de la colocación de las entretelas. Ya quedo impaciente por ver el resultado final de esta chaqueta. Un abrazo, Paco
ReplyDeleteI was totally confused the first time I tried a BWOF collar like this. I wish I'd had your tutorial then! Now that I've done it a few times, it makes perfect sense. The techniques in BWOF are usually very good. The directions assume one has a good amount of sewing experience.
ReplyDeleteThank you for posting this! I agree that BWOF usually does not include directions for staystitching for anything that will be cut into or clipped into. I can't imagine why - maybe they assume sewers know to do so. Personally, it is crazy for me to clip into anything that is not staystitched or stabilized in some way.
ReplyDeleteMargi: Yes, it's a wooden block under the collar. It was my first time using the clapper and the wooden block as a "sandwich" and I think the results were pretty good; the old tailor's pressing boards were usually made of solid wood covered with a thick wool cloth, and some say these pressing boards perform the best results because both wool and wood are good heat conductors; and the wood also absorbs the excess moisture.
ReplyDeletePaco: Gracias querido amigo! A mí me gustan bastante este tipo de cuellos, con pié, que siempre adicionan un efecto más dramático a la prenda!
Elaray: I totally agree; BWOF's instructions are usually quite good once you get them right; and they do assume you have a good amount of sewing experience... But I own the BWOF sewing book, which is more thourough breaking down the construction steps but still it doens't mention staystitching. I wonder why...
These tips are excellent, thanks! I did some of these when I constructed my coat collar a few days ago, but some are new to me and will make things easier in the future! thanks!
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